quinta-feira, 31 de maio de 2012

RIO +20

  RIO+20



       O QUE É?



A Rio+20 é a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Mas o que de fato isso significa? É uma reunião da ONU com quase todos os países do mundo (mais de 190) para discutir como o mundo poderá crescer economicamente, tirar pessoas da pobreza e preservar o meio ambiente --tudo ao mesmo tempo. Para isso, são necessários novos meios que evitem as crises financeira e de empregos pela qual passamos atualmente. Foram escolhidos dois temas centrais: a economia verde, com um novo modelo de produção que degrade menos o meio ambiente, e a governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado.

A Rio+20 acontece no Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho. Ela é chamada assim porque vai dizer o que queremos para o futuro da humanidade, mas também marca os 20 anos da Rio92 ou ECO92. Esta é uma conferência símbolo no mundo todo pois trouxe a discussão sobre ambiente para o dia a dia das pessoas. Reciclagem de lixo, preocupação com poluição e desmatamento da Amazônia, incentivo para a economia de água são algumas atitudes comuns hoje que tiveram grande projeção nesta época.

As negociações oficiais e os mais de mil eventos paralelos irão reunir governos, empresas, ONGs, acadêmicos e movimentos sociais para identificar soluções e metas para enfrentar os desafios globais urgentes, como a falta de acesso a energia e água potável, oceanos esgotados, insegurança alimentar, as crescentes desigualdades e cidades em rápida expansão. Eles também decidirão formas de impulsionar a sustentabilidade corporativa, criação de empregos verdes, avançar o papel da ciência e inovação, fechar lacunas tecnológicas, gerar o financiamento necessário e melhorar mecanismos de cooperação internacional.

Histórico

A Rio+20 não é uma Conferência sobre ecologia ou ambiente, não serão discutidas as questões de clima, emissões de CO2 ou biodiversidade pontualmente, mas sim como o viés ambiental se encaixa no desenvolvimento social e econômico. Esta série de reuniões da ONU começou em 1972, em Estocolmo, e de lá até hoje foram 3 conferências, uma a cada 10 anos.

Na Suécia ocorreu a "Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano", a primeira vez em que se pensou o impacto do homem no planeta. Dez anos depois, em 1982, foi feita a "Carta Mundial da Natureza", que afirmava que “a humanidade é parte da natureza e depende do funcionamento ininterrupto dos sistemas naturais”. Aqui ainda não tinha sido criado o termo desenvolvimento sustentável.

A ECO92 também não levava o conceito no título, era a "Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento". Foi a partir de 92 que o ambiente foi estabelecido como pilar do desenvolvimento sustentável, ao lado do social e econômico. Também foi neste ano que a preocupação ganhou alcance mundial.

Já em 2002, os países se reuniram na "Convenção Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável", também chamada de Rio +10, em Joanesburgo, na África do Sul. O objetivo aqui foi acompanhar os avanços dos compromissos firmados em 1992.

O que é desenvolvimento sustentável?

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Esta definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.



ESPÉCIES MAIS "BIZARRAS".


   ACESSEM E CONHECEM UMA DAS ESPÉCIES CONSIDERADA "BIZARRA"

http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/bbc/2012/05/31/instituto-cientifico-lista-dez-novas-especies-mais-bizarras.htm

domingo, 27 de maio de 2012

OBSERVAÇÃO DE CLADOGRAMAS

 

Neste primeiro momento, observar: 










São duas imagens a serem observadas, se trata de cladogramas.

SITE SOBRE EVOLUÇÃO

 Oi pessoal!

 

 Visitem esse site, bem interessante !

 Sobre Evolução de forma dinâmica.

 Até mas,

Abraços.



http://www.johnkyrk.com/evolution.pt.swf

quarta-feira, 16 de maio de 2012

OS CINCOS REINOS.


1. Como surgiu a divisão dos seres vivos em cinco Reinos?

Não temos a pretensão de abordar o tema de forma exaustiva. Ao contrário, iremos apenas pincelar alguns pontos marcantes da trajetória do desenvolvimento das classificações biológicas.

Aristóteles, o pai da classificação biológica
O filósofo grego Aristóteles (384-322 AC) já classificava os organismos. Seus valiosos estudos são focados nos animais, que eram divididos primeiramente em organismos “com sangue” e “sem sangue”. Delimitou alguns grandes grupos como mamíferos, peixes, aves e insetos, e baleias. As baleias não eram relacionadas aos mamíferos, uma vez que a morfologia era um dos principais critérios adotados por Aristóteles. Ele acreditava que existia uma “escala natural”, na qual todos os organismos poderiam ser agrupados em ordem crescente de complexidade. Essa ideia hoje superada perdurou por muito tempo.


 
Legenda: Busto de Aristóteles.


Lineu, o pai da taxonomia moderna











 Legenda: (a) Representação de Lineu.
(b) Vista de Inverno do Jardim Botânico onde Lineu trabalhava (Uppsala, Suécia).
Autor: Suzana Ursi
Uma das figuras centrais na história da classificação biológica foi o naturalista sueco Carl von Linné, conhecido popularmente em nosso país como Lineu (1707-1778). Seu sistema de classificação abrangia todos os organismos e se baseava nas semelhanças entre eles. Toda a classificação taxonômica moderna utiliza os princípios básicos postulados por Lineu. Foi também o pai do sistema de nomenclatura que utilizamos na atualidade (gênero seguido de espécie). Apesar de todos os avanços propostos por Lineu, uma visão mais estática da natureza perdurou até o século XIX, quando o pensamento evolutivo se tornou foco das discussões biológicas em geral, bem como da taxonomia.

2. Como surgiu a divisão dos seres vivos em cinco Reinos?
Haeckel e a preocupação em representar a relação entre os organismos 

O estudioso alemão Ernst Haeckel (1834-1919) já propôs, em 1866, a figura de uma árvore para representar a relação existente entre três grandes grupos de seres vivos: os animais, as plantas e os proptistas. Essa classificação foi acrescida de um quarto reino, cujo propositor foi o norte-americano Herbert Faulkner Copeland (1902-1968): Monera, que abrigava todos os seres procariontes.
As classificações de Haeckel e Copeland foram utilizadas como base para o clássico sistema de cinco reinos proposto por Whittaker (1969), ainda tão utilizado nos materiais didáticos (saberes escolares) para o Ensino Fundamental, mas considerado bastante ultrapassado segundo os saberes acadêmicos.


Whittaker e a famosa divisão em cinco reinos




Robert Harding Whittaker (1920–1980) é norte-americano e sua carreira científica foi dedicada principalmente à Ecologia Vegetal. No entanto, é mundialmente famoso por sua proposta de divisão dos organismos vivos em cinco reinos.




Legenda: Whittaker, postulante da divisão em Cinco Reinos, mais utilizada em materiais didáticos para o Ensino Básico.

Resumo do desenvolvimento da classificação biológica



3. Visão atual sobre a Classificação biológica: os três grandes Domínios
A possibilidade de sequenciar e comparar o DNA dos organismos teve enorme influência na classificação biológica a partir dos anos 70. O microbiologista norte-americano Carl Richard Woese utilizou o sequenciamento de um gene presente em todos os seres vivos (codifica para o RNA da subunidade pequena do ribossomo) para construir uma árvore filogenética universal, dividindo os seres vivos em três grandes grupos, denominados Domínios: dois constituídos por procariontes - Bacteria (eubactérias - “bactérias verdadeiras”) e Archaea(arqueobactérias - “bactérias primitivas”); e um agrupando todos os seres eucariontes, Eucária.

Legenda. Woese e sua árvore filogenética universal da vida, dividindo os seres vivos em três grandes domínios.



A partir da classificação de Woese, diversos estudos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de investigar a relação entre os três domínios. Os estudos mais recentes indicam que as arqueobactérias e os eucariontes tiveram um ancestral comum, sendo evolutivamente mais próximos do que ambos são das eubactérias. Entretanto, como abordado na peça teatral de Machado de Assis “Lição de Botânica” (ao enfocar a discussão sobre o perianto das gramíneas), a ciência tem um caráter extremamente dinâmico, e esse cenário pode ser alterado em virtude de seu avanço.

4. Visão atual sobre a Classificação biológica: relações entre eucariontes
Um trabalho muito importante, que causou grande impacto na comunidade científica, foi publicado por Baldauf na revista Science em 2003. O autor apresenta uma hipótese, em forma de árvore filogenética, para a relação existente entre os principais grupos de eucariontes. Tal hipótese é apresentada na figura a seguir. Notem que alguns grupos não estão detalhados. Optamos por essa apresentação para facilitar sua interpretação, focada em alguns grupos mais conhecidos.

Legenda: Representação esquemática de filogenia de consenso dos eucariotos, baseada na árvore proposta por Baldauf em 2003. Retirado de Wanderley A. e Ayres L.M. Reconhecimento dos grandes grupos de plantas. In. SANTOS, D.Y.A.C.; CHOW, F. e FURLAN, C.M. (Orgs). A Botânica no cotidiano. 1ª. Ed. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008. 124 p.